Então, chéres, o seguinte é esse, eu vou falar desse livro, porém eu acho que, no fim das contas, isso aqui não ter muuito uma carinha de resenha, acho que o que eu quero mesmo é ter uma conversa. =)
Para começo de história, eu assisti o filme antes de ler o livro, pois eu estava muito curiosa pela história e pelos atores (já morria de amores pela Emma e pelo Ezra, e pude me apaixonar pelo Logan). O que aconteceu é que eu já esperava que eu fosse querer ler o livro (pois eu já tinha lido e assistido uns book reviews), e assim que os créditos rolaram eu tinha certeza que assim que eu me pegasse lendo as cartas de Charlie (para quem não sabe, o livro é escrito em forma de cartas que o Charlie manda para o leitor), ele viraria um daqueles personagens de quem eu não conseguiria me desapegar.
O Charlie é um garoto de 15 anos que está entrando no ensino médio, eu sou uma garota de 19 anos que já está se encaminhando para o terceiro ano da faculdade, ele tem dois irmãos, eu sou filha única, o único amigo que ele tinha se matou, eu tenho alguns bons amigos, obrigada. Mas ainda que eu e Charlie não tivéssemos muito em comum nos aspectos gerais, Chbosky (o autor) fez muitos perceberem, inclusive eu, que aspectos superficiais são apenas (uaaau) superficiais, que simplesmente todo mundo mundo tem problemas (em maior ou menor escala), defeitos, qualidades, inseguranças e principalmente uma beleza interior que é intrínseca de cada pessoa.
Foto tirada pela minha assistente fotográfica eventual Laura Ellen
O que eu acho interessante é que esse livro que foi tão tocante para mim e para taaantas pessoas cujo book review eu assisti, porém para algumas certas pessoas foi só um livro legalzinho que falava de um menino tímido que fez umas amizades bem "diferentes", digamos. É ai então que eu lembro que, em entrevista, Chbosky dá um exemplo que é o seguinte: se a gente for pensar numa escola de ensino médio com uns 1600 alunos, só uns 30 são realmente populares, e os outros 1570 somos nós, que em algum momento da nossa existência ou que em alguns aspectos do nosso caráter somos zoados, ou botados de lado, ou sofremos preconceito (não importa a intensidade).
E eu acho que é mais ou menos isso que algumas pessoas não gostam no livro, mas que a grande maioria é capaz de entender: NÃO HAVER VILÃO OU MOCINHO, não é uma falha no livro é uma OPORTUNIDADE de cada leitor se livrar de seus próprios preconceitos e enxergar que até a irmã de Charlie, que em muitos pontos parece perfeita, tem os seus próprios demônios para carregar. É por isso que consegui enxergar um pequeno pedaço de mim, que seja, em cada um deles.
Por fim, depois de ter deixado metade do meu coração nesse texto meloso (espero que ninguém passe a odiar o livro antes de ler, só pelo quanto eu fui apaixonada nessas palavras acima), eu preciso dizer que, quem tiver um pouco de facilidade para ler em inglês, leia esse livro em inglês. Eu dei umas lidas rápidas na versão brasileira, e a tradução é boa, sim, mas a ingenuidade e a espontaneidade do Charlie, as piadas do Patrick, a intensidade da Sam, tudo fica ressaltado e muito bem representado nas palavras originais de Chbosky (e o plus é que como minha versão é de capa molinha, saiu mais barato que a versão em inglês). Eu comprei o meu na Livraria Cultura, mas eu os aconselharia a dar uma olhada no Book Depository, que é confiável e entrega sem frete pro Brasil =)).
Bisou!! (E desculpa o texto infinito! lol)